Sábado, 07 Março 2020 11:51

Ecad aponta que de 2 milhões de músicas brasileiras cadastradas, a palavra 'mulher' está no título de 13 mil Destaque

Escrito por Redação Mundo da Música
Avalie este item
(0 votos)
Ecad aponta que presença das mulheres no mercado musical cresce mas ainda é menor que a dos homens Ecad aponta que presença das mulheres no mercado musical cresce mas ainda é menor que a dos homens Pixabay

Apesar de já ser possível perceber um crescimento nos últimos anos, a presença feminina no mercado brasileiro da música ainda é bastante inferior à masculina.

É o que aponta um levantamento do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), que tem um dos maiores bancos de dados da América Latina.  

 A análise feita considera os rendimentos destinados às mulheres nos últimos cinco anos em diferentes segmentos de execução pública, como shows, rádio, música ao vivo, TV e streaming.

Em 2015, o  distribuiu R$ 26,1 milhões em direitos autorais para mulheres que atuam como compositoras, intérpretes, instrumentistas e editoras no país.

Em 2019, esse valor saltou para R$ 32,8 milhões, um aumento de 25,6%. Pesquisando somente os valores destinados às compositoras, esse número cresce de R$ 17,6 milhões, em 2015, para R$ 21,7 milhões em 2019, uma alta de 24,1%.

 

Embora venham crescendo, esses valores ainda são muito baixos se comparados aos destinados aos homens - representam somente 8% do total distribuído para todas as músicas nacionais cadastradas.

Apesar disso, elas vêm avançando e ganhando espaço no mercado musical. Em 2015, 15,2% dos cadastros feitos no banco de dados do  eram de mulheres. Em 2019, os novos cadastros femininos já responderam por 17,6% do total do ano passado. 

Outra curiosidade é em relação à presença feminina nos títulos de obras musicais que constam no banco de dados do Ecad.

Do total de quase 2 milhões de músicas brasileiras cadastradas, a palavra “mulher” está no título de 13 mil delas.

Já o pronome “ela” aparece em quase 10 mil títulos, enquanto uma pesquisa pela palavra “linda” apontou sua presença em mais de 4 mil músicas.

 

“Ter conhecimento do mercado é fundamental para que possamos modificar esse cenário.

Eu sou uma mulher, que atualmente trabalha com música, e consigo perceber o quanto a participação feminina pode contribuir para o crescimento da economia criativa.

Espero que esses dados possam mudar em breve e que a mulher conquiste cada vez mais o seu espaço”, diz a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim.

Em tempo, conheça os bastidores do trabalho do Ecad, clicando aqui.

2 comentários

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.